03 abril 2007

Luis e a Suécia...

Hoje estive no TJRN com meu amigo Luis Palhares, tratando do processo Net x UnP.

Luís é evangélico, casado (fui ao casamento dele), ser humano simples, homem de Deus mesmo, e hoje me relembrou, através de um e-mail que leu para mim, de uma das mais básicas noções humanas: pensar no outro.

Por concepção esse sempre foi meu estilo: pensar no próximo, no outro. Todos os dias quedo espantado com a ausência de preocupação com o próximo no dia-a-dia de nosso povo. Nosso povo, por cultura, pensa pouco no outro, no próximo. Na verdade, as mais das vezes, nosso povo quer o próximo bem longe mesmo.


Mas voltemos ao exemplo lido por Luís, descrito por um brasileiro residente na Suécia, trabalhador da Volvo. Procurem ambientar o caso narrado.

"> >A primeira vez que vim pra cá (Suécia), em 1990, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro).
No primeiro dia eu não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei "Você tem lugar marcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento está vazio e você deixa o carro lá no final, a duas quadras daqui."
Ele me respondeu simples assim: "É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"