Um homem chamado Ivan

Escrevo do vôo TAM JJ3575. Ao planejar esta viagem, antecipadamente marquei todos os meus assentos para 14A e 14F. Neste primeiro trecho (NAT-REC), por enorme coincidência, sentei-me ao lado de Ivan Lira, juiz federal e desembargador do TRF5. Ivan sempre exerceu intenso fascinio sobre mim. Como professor da UFRN foi memorável, como zeloso juiz é um exemplo. Mas não são esses adjetivos que sempre me causaram fascinio em Ivan. Não. É o intenso e curioso bem-estar que Ivan me causa. Não sei bem, mas algo no tom da voz, no jeito, nos modos, algo parece élfico em Ivan. Algo nele me acalma. É isso, acho que é isso: ele me acalma. Pois bem, neste vôo não foi diferente. Ivan é cordial, simpático, e simples ao extremo. Cidadão mais "gente boa", entendem?! Conversamos ao longo de todo o vôo, sobre os mais variados assuntos.
Ao sair do vôo, chegados em Recife/PE, nos despedimos. O que ele não teria como notar é que havia ficado em mim aquela nostálgica sensação do vazio do outro. A sensação de ausência de Ivan. Deixei em Recife o professor, o juiz, mas acima de tudo o humano Ivan. Ivan e esse seu poder de fazer os outros se sentirem bem.