Mário Jambo por ele mesmo...
“Não se pode ironizar com o drama humano”. Mário Jambo.
Escrevo esse post, de dentro do carro, enquanto ouço o programa bate-papo com a cidade, de Roberto Guedes (faço isso todas as manhãs).
Mário Jambo (Juiz Federal) está concedendo entrevista, sobre a liberdade provisória concedida no processo xxx, da 2a vara federal (Criminal). Conheci o juiz há pouquissimo tempo, e somente fiz, com ele, umas 03-04 audiências. Não mais.
Jambo é antes de tudo, humano. Muito humano. Um gentleman que se destaca no jardim do Judiciário, como flor que se sobressai (por sua humanidade), no cultivo de espinhos do MP e da própria Magistratura.
“Acho que o Judiciário tem tudo para ser o mensageiro de uma nova ideologia, que não separa, que não divide, a ideologia da solidariedade” (Jambo já havia me dito isso em audiência)
De fato, não se há periculosidade no crime cometido pelos Réus no processo xxx. O crime não foi cometido mediante violência. Escapa ao Ministério Público o verdadeiro sentido da decisão de Mário Jambo. Eu, como advogado, entendo bem sua decisão, e a aplaudo a cada segundo da entrevista.
Jambo foi personagem da imprensa nacional com a inusitada decisão, e tem feito o que o Judiciário deve fazer: julgar sem ódio, sem rancor, sem o sentimento de vingança que – cotidianamente – vemos em decisões judiciais, e, quase sempre, nos opinamentos, denúncias e razões finais do Ministério Público.
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